Os chamados Justiceiros da Fronteira como todo mundo já ouviu falar que é um grupo que esta sendo acusado de execuções na linha internacional entre Brasil e Paraguai, como em todas as vitimas tem deixado bilhetes com avisos, e que promete matar principalmente traficantes e ladroes.
No embalo do pânico criado pelo grupo justiceiros, também surgiram as fake news com informações de ameaças até a jornalistas de uma rádio.
As fakes iniciou-se em uma brincadeiras entre internautas que começaram após criarem memes usando o nome dos justiceiros que na real deixam bilhetes sobre não roubar após matarem suas vítimas.
Por as previsões de temperaturas estrem negativas em cidades da fronteira, os memes dizem “Favor, tomar banho, Ass: Justicieros de la Frontera”, diz o recado espalhado nas redes sociais.
Após a brincadeira ser espalhadas e terem bastante visualizações, os atuais justiceiros criaram páginas em redes sociais, onde estão sendo espalhadas ameaças a “drogados, ladrões e traficantes”.
Em um dos storie, chegam a postar foto de arma de fogo e uma frase que diz “Muitos trabalhos pela frente rapaziadas (sic)”.

Mas, o que é real?
Após ser noticiados pelo menos três execuções recentes nesta semana, de fato, apareceram cartazes espalhados na fronteira e colocado em postes, que seriam cartazes reais dos ‘Justiceiros’.
Nas mensagens, eles afirmam que “quem avisa, amigo é” e que a sociedade não merece conviver com “drogados, ladrões e principalmente traficantes”.
Os bilhetes afirmam que os justiceiros estão dando uma chance aos alvos previstos e que parem de cometer os tais crimes citados, no caso as vitimas terão apenas umas semanas pois “Sabemos quem é quem aqui.
Nós Justiceiros começaremos agir fortemente nesta cidade para eliminar estas pragas do convívio social. Vamos matar você que é drogado, ladrão e vamos matar você que é traficante, o pior da raça, que destrói família, alicia menor para te ajudar na troca de droga e que deve morrer mesmo (sic)”.
No cartaz, o grupo ainda diz que não se trata de uma brincadeira. “Não teremos dó nem piedade e para quem acha que isso é uma brincadeira, procure saber o que aconteceu em Ponta Porã, Campo Grande, etc… o aviso foi dado, agora é esperar para ver o que acontece (sic)”.
No entanto, não é possível afirmar que esses recados tenham sido espalhados pelo mesmo grupo acusado das execuções, até mesmo eles usa o punho e não digitação, caso seja apenas brincadeiras, seria uma brincadeira de mau gosto por parte de outro grupo.
Execuções
Com três casos recentes registrados nesta semana, a atuação dos ‘Justiceiros da Fronteira’ já acontece há anos na região do Paraguai, na divisa com Ponta Porã.

Um casal e um adolescente foram os últimos mortos pelos ditos justiceiros, que torturam, matam e deixam bilhetes sobre ‘não roubar’.

Em maio de 2018, Eduardo Cordoba Aquino, de 20 anos, foi vítima dos justiceiros. O corpo foi encontrado abandonado nas margens da BR-463, com os pés algemados e as mãos decepadas. Ao lado, o bilhete “A população pediu e nós voltamos.
Menos de três meses depois, vítima, Willian David Villalba Espinosa, de 20 anos. Com várias passagens por furto e roubo, o rapaz foi sequestrado no Paraguai e o corpo encontrado em território brasileiro. Colado na roupa, o bilhete que dizia “Não roubar nos bairros Terrassa e Cidade Nova”.
Já em abril de 2019, um homem de 36 anos também teria sido vítima dos justiceiros e sobreviveu. Três pessoas invadiram a casa da vítima, decepando suas mãos com facões e facas.
Em junho, dois jovens paraguaios foram mortos pelos justiceiros. Edson Escobar e Rodrigo Sanches Cano foram encontrados com as mãos decepadas e com o bilhete “Não roubar mais na fronteira, este aviso é a todos os ladrões de camionete.
Casos em 2021
Neste ano, em fevereiro, Catalino Benitez Chena, de 56 anos, foi encontrado morto como as outras vítimas, com as mãos decepadas, crime ocorrido na região de Paranhos. Em março, Emílio Garcia foi sequestrado na fronteira de Ponta Porã e encontrado morto no dia seguinte, com as mãos decepadas e o bilhete “Justiceiros da Fronteira. Não roubar na fronteira.
Já em abril, pai e filho foram mortos no Paraguai, a pouco mais de 100 quilômetros da fronteira. Rodolfo Romero Enciso, de 42 anos, e Ronaldo Romero Enciso, de 16 anos, foram assassinados a tiros e ao lado deles os bilhetes “Não roube”.
Agora em julho, foram vítimas dos Justiceiros Luís Mateo Martinez Armoa, de 26 anos, a namorada Anabel Mancuello Centurion, de 22 anos, e de um adolescente de 17 anos.
