A Polícia Civil de Anaurilândia finalizou nesta sexta-feira (24/03/2023) as investigações referentes ao triplo homicídio ocorrido no Assentamento Barreiro no dia 26/02/2023, em que foram vítimas três homens, sendo identificados como João Valdecir Gomes Dias de 57 anos, Paulo José de Souza de 36 anos e Agnaldo de Oliveira Martins também, de 36 anos, crime esses após uma briga envolvendo familiares em um Bar.
Durante o atendimento do local de crime e obtenção das primeiras informações, a Polícia Civil identificou dois cadáveres caídos ao solo, sendo que ambos estavam com perfurações aparentes de faca e projétil de arma de fogo e uma das vítimas com a face deformada em razão de graves lesões.
Conforme apurado preliminarmente no dia pela Polícia Civil, uma das vítimas localizadas, Naldo, de 36 anos, estaria portando uma arma de fogo tipo espingarda, em um bar do assentamento.
Em determinado momento, houve uma briga e a pessoa de Deci, de 37 anos, tentou pegar a arma de fogo de Naldo, dizendo que iria entregá-la a polícia, momento em que a mulher esposa de Naldo identificada como, Bruna Betânia Mendonça Dias, de 24 anos, tentou impedir, vindo a agredir Deci, iniciando-se uma briga generalizada entre os citados e mais a pessoa de Paulo, de 37 anos, sendo que Deci e Paulo teriam sido agredidos violentamente por Naldo, o qual se apossou de duas facas e desferiu facadas contra Deci e Paulo, deixando-os caídos ao solo, tendo sido auxiliado por sua esposa Bruna, a qual foi autuada no dia em flagrante delito.

Acontece que, após as facadas, compareceu no local o irmão da vitima Deci, a pessoa de José Aparecido Gomes Dias, de 50 anos, armado com uma espingarda calibre 38 e se deparou com seu irmão caído ao solo. Neste momento, percebeu que Naldo estava saído do bar com as duas facas em mãos e efetuou vários disparos contra Naldo, atingindo-o na barriga e no tórax, sendo então ele autuado por Homicídio e Porte Ilegal de Arma de Fogo.
Durante as diligências investigativas, elucidou-se a participação de um terceiro envolvido no homicídio de Deci, uma vez que as graves lesões identificadas na cabeça da vítima não foram praticada por Naldo e nem por sua esposa, mas, sim, pela pessoa identificada como M.V.S.C., amigo de Naldo, o qual, ao ver seu amigo morto, aproveitou-se do momento em que estava no local apenas Bruna, pois José Aparacido havia ido buscar ajuda para seu irmão que ainda estava vivo, e foi até Deci e, mediante pisadas, causou traumatismo cranioencefálico na vítima, o que foi, segundo o exame necroscópico, causa efetiva de sua morte.
A Polícia Civil então representou pela prisão preventiva de M.V.S.C., obtendo-se êxito em prendê-lo no dia 07 de março de 2023, oportunidade em que, interrogado, acabou confessando o delito, alegando, contudo, que Deci já estaria morto quando das pisadas e que teria tido tal atitude em razão de ver seu amigo Naldo sem vida.
Após a realização das diligências policiais, oitivas de testemunhas, exames periciais pela equipe técnica de perícias e médico legista, foi possível constatar indícios idôneos do envolvimento de Bruna de 24 anos, bem como de M.V.S.C., de 33 anos, nos homicídios de Deci e Paulo, bem como de José Aparecido de 50 anos, no homicídio de Naldo, bem como de porte ilegal de arma de fogo, sendo que foram indiciados pela Autoridade Policial.
O Inquérito Policial foi encaminhado ao Poder Judiciário, a fim de que o Ministério Público aprecie as medidas de persecuções criminais a serem adotadas e os elementos de informações produzidos. Foi também encaminhado um pedido pela Autoridade Policial de conversão da prisão temporária em prisão preventiva da indiciada Bruna Betânia Mendonça Dias, e a manutenção da prisão de M.V.S.C.