A 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande confirmou denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, oferecida pelo Promotor de Justiça José Arturo Iunes Bobadilla Garcia, titular da 18ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, e condenou a 30 anos de reclusão, em regime fechado, de um homem pelo crime de feminicídio. Ele foi acusado de matar a esposa a facadas, na frente dos filhos dela.
A sentença foi proferida nesta terça-feira (15) pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, durante o julgamento que teve início nesta manhã, no Plenário do Tribunal do Júri. O crime aconteceu no dia 21 de fevereiro deste ano.
O réu também deverá pagar uma indenização no valor total de dez salários-mínimos aos filhos da vítima, a serem depositados de forma fracionada, a contar da data da sentença.
Os cinco filhos da vítima de 16, 12, 8, 2 e 1 ano de idade estavam na casa no momento do crime. A faca usada no crime foi encontrada cravada no tórax da vítima. Joelma foi a primeira vítima de feminicídio do ano, em Campo Grande.
Além da pena de reclusão e pagamento da indenização, a título de danos morais, também foi decretada a perda do poder familiar sobre os filhos em comum entre o réu e a vítima.
Ao julgar procedentes os pedidos do MPMS, o magistrado concordou com a tese dos danos experimentados pela mulher, que era vítima de violência doméstica, e também de seus filhos, que sofreram traumas psicológicos, tornando necessária a reparação por meio da indenização.
O juiz também considerou a violência e a agressividade com que o crime foi cometido, com as qualificadoras de motivo torpe e feminicídio.
Texto: Zana Zaidan