Agência Gov | Via MIDR
21/06/2025 12:02
A Defesa Civil segue monitorando a situação em todo o Rio Grande do Sul, em articulação com os municípios e órgãos federais, para garantir resposta rápida e assistência à população afetada. Até o momento, as chuvas intensas que atingiram o estado entre os dias 14 e 21 de junho de 2025 afetaram 123 municípios, com um total de 109.567 pessoas impactadas. Pelo menos 8 mil pessoas estão em abrigos ou desalojadas. Três óbitos foram confirmados. O Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) já recebeu registro de 50 municípios, sendo que 20 já decretaram situação de emergência. Os municípios de São Sebastião do Caí e Cruzeiro do Sul solicitaram reconhecimento federal, sendo que São Sebastião do Caí também solicitou recursos para assistência humanitária.
O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff esta no estado visitando as cidades atingidas e acompanhando a entrega de obras nos municípios que receberam recursos para reconstrução após as enchentes de 2024.
Cada prefeito vai poder fazer o seu balanço e vai poder decidir se é preciso fazer a situação de emergência ou não. O presidente Lula já garantiu recursos, da mesma forma que no ano passado. Eu posso reafirmar que recursos estão garantidos dentro da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil”, informou Wolff.
Alertas de situação de risco
O total de alertas de risco emitidos pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), de 16 a 21 de junho, foram 54. Neste sábado (21), esses alertas começaram a ser cessados, restando somente nove abertos, até as 11h26, segundo informações do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). Os avisos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não estão incluídos. O Cenad segue em alerta laranja, o que indica uma situação meteorológica perigosa.
Ação coordenada
No início da semana, diante da previsão de eventos climáticos extremos, a Defesa Civil Nacional realizou reunião para articular estratégias de mitigação e resposta com órgãos federais e estaduais. O coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres, Tiago Schnorr, destacou que o acompanhamento das situações de risco é feito de forma permanente. “Todos os dias, às 9h, realizamos reuniões de briefing para atualizar os prognósticos e definir as ações necessárias para mitigar os impactos dos desastres”, afirmou.
A coordenadora-geral de Gestão de Processos do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Júnia Ribeiro, destacou ainda, que sua equipe está de prontidão para auxiliar o estado gaúcho. “Estamos à disposição para oferecer todas as orientações necessárias. Podemos realizar reuniões para explicar como solicitar o reconhecimento federal de situação de emergência, bem como auxiliar na elaboração dos planos de trabalho para acesso à ajuda humanitária e outros tipos de apoio”, informou a coordenadora-geral.
Participaram da reunião representantes do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB), além de defesas civis estaduais e outras instituições que integram o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.