Agência Gov | via Incra
23/06/2025 17:45
Divulgação/Incra
“Sem água, não dá pra gente viver. Com esse poço, agora vai melhorar demais”, diz dona Joana
O Crédito Instalação, modalidade Semiárido, chegou recentemente a 91 famílias do Projeto de Assentamento Santana Nossa Esperança – localizado na zona rural da capital do Piauí, Teresina -, com um investimento do Incra de cerca de R$ 1,4 milhão em projetos que garantam segurança hídrica e produção.
Cada família obteve o crédito de R$ 16 mil, que foram investidos em diversos projetos para garantir a segurança hídrica às pessoas, possibilitando água para o consumo humano, bem como no trato de animais e na produção – com irrigação de hortas e na implantação de outras iniciativas produtivas.
Quem já sente a melhoria na qualidade de vida com o crédito Semiárido é o casal de assentados Sandra Maria de Carvalho Silva e Alex Pereira da Silva. “O problema da falta de água era constante. Isso afetava nossa vida no assentamento, dificultando as coisas mais simples, como as tarefas domésticas, e prejudicava algumas atividades produtivas, como a criação de galinhas”, afirma Sandra.
Com investimento na perfuração de um poço e ligação a uma caixa d’água, Sandra retomará o projeto de criação de galinhas, abandonado devido ao antigo problema de abastecimento irregular de água no assentamento. Além disso, vai investir em sistema de irrigação de uma horta para produzir cheiro verde, couve e alface.
Francisca da Silva Sousa é outra assentada que recebeu o crédito. “Agora água não vai faltar no nosso dia a dia. E dá pra gente investir em melhorias. Com o investimento que fiz, agora vou poder ampliar minha horta e pensar em outros projetos”, disse.
A vizinha de Francisca, Vitória Alves da Silva, também está animada desde que viu água saindo de um poço perfurado com o crédito Semiárido. Ela, que já produz milho e macaxeira / mandioca, pretende agora investir na plantação de melancia e em criação de leitões. “Essa água é uma bênção. Nesses 20 anos que estamos no assentamento, foi muito sofrimento com falta de água. Havia outros poços na comunidade, mas a água era fraquinha e muitas semanas passavam sem a gente ter abastecimento normal em casa. Com esse poço, tudo mudou”, argumenta Vitória.
Quem também comemora a perfuração de poço e sistema de abastecimento de água para o lote é Joana Farias dos Santos Silva. “Sem água, não dá pra gente viver. Com esse poço, agora vai melhorar demais”, opina. Ela pretende ampliar produção de feijão e investir em uma horta.
O presidente da associação do assentamento Santana Nossa Esperança, Francisco Paz, está prestes a ver um poço sendo perfurado no lote dele. “Hoje trabalho puxando água de um poço, de forma manual. Isso vai acabar. Quando eu tiver com meu poço tubular e sistema de bombeamento, vou fazer irrigação para poder produzir milho, macaxeira e feijão. E vou aumentar meu rebanho. Com maior produção de milho, vou fazer a silagem e faço ração para o gado”, assegura.
Já o assentado José Costa ainda se queixa da falta de água no assentamento. Mas o poço dele já está sendo perfurado e o drama de não ter como irrigar a roça deve terminar. “Quando ficar tudo pronto, vou ter condições de plantar e colher durante o ano inteiro, inclusive no verão”, afirma.
A assentada Maria de Fátima Sousa Silva está confiante em explorar o lote, agora contando com poço e sistema de abastecimento que adquiriu com o crédito Semiárido. “Vai melhorar tudo. Vai dar qualidade de vida para mim e para minha família. Além do que já produzimos com milho, feijão e macaxeira, vamos trabalhar com piscicultura. Vamos fazer dois tanques, cada um com 10 mil litros d’água, para criar peixes”, disse.
O engenheiro agrônomo Rosalvo Lopes é quem dá assistência técnica às famílias do assentamento Santana Nossa Esperança, na aplicação do crédito Semiárido. “Todos os projetos de perfuração de poços e sistema de abastecimento vão fortalecer bastante as atividades produtivas dos assentados. As perfurações de poços, é importante dizer, atendem à legislação estadual de recursos hídricos”, esclarece.
O Projeto de Assentamento Santana Nossa Esperança foi criado em área de 1,47 mil hectares, após desapropriação de terras em 2004. Na área estão assentadas 145 famílias.
