O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou neste sábado (5) que o Brics permanece como um “fiador de um futuro promissor”. A declaração foi feita durante a abertura do Fórum Empresarial do Brics, que ocorreu no Rio de Janeiro.
Lula ressaltou a importância das nações emergentes na defesa do comércio multilateral e na reforma da arquitetura financeira global em um contexto de aumento do protecionismo. O Brics, que reúne 11 países – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã – é um espaço de cooperação e diálogo entre países do Sul Global.
O presidente mencionou que esses países têm a capacidade de liderar um novo paradigma de desenvolvimento focado em agricultura sustentável, industrialização verde, infraestrutura resiliente e bioeconomia. Ele destacou que os integrantes do Brics já são líderes em investimentos em energia renovável, destacando o potencial para expandir a produção de biocombustíveis e tecnologias de energia limpa.
Lula também enfatizou a relevância de fortalecer o complexo industrial de saúde, enfatizando que isso pode aumentar o acesso a medicamentos e ajudar a combater doenças que afetam os mais vulneráveis.
Em sua fala, o presidente brasileiro abordou a necessidade de uma governança multilateral para a inteligência artificial (IA), alertando que a falta de diretrizes claras pode resultar na predominância de modelos baseados apenas nas experiências de grandes empresas de tecnologia.
Além disso, Lula mencionou que a cúpula do Brics deve contribuir com soluções para os conflitos internacionais, promovendo a integração e a solidariedade em vez de barreiras.
O Fórum Empresarial do Brics, que ocorre ao longo deste sábado, tem como foco o papel do setor produtivo na promoção de um desenvolvimento econômico sustentável. Os temas em debate incluem comércio, segurança alimentar, transição energética, descarbonização, economia digital e inclusão financeira.
Os 11 países do Brics representam quase metade da população mundial, 40% da economia global e mais de 20% do comércio internacional. Em termos de recursos naturais, o grupo detém cerca de 70% das reservas de terras raras, acima de 40% da produção de petróleo e quase 80% da produção de carvão mineral.