As polícias civis do Rio de Janeiro e Goiás realizaram, nesta quarta-feira (16), uma operação contra uma quadrilha especializada em crimes cibernéticos. A ação, chamada de Operação Corsários Virtuais, teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão no estado de Goiás.
Investigações revelaram que os criminosos utilizavam técnicas para controlar remotamente os computadores pessoais de suas vítimas, invadindo contas bancárias entre novembro de 2024 e março de 2025 em todo o Brasil. Um dos casos registrados resultou em um prejuízo superior a R$ 480 mil para a vítima.
De acordo com dados da polícia, a quadrilha movimentou aproximadamente R$ 1,8 milhão, com valores transferidos para contas de “laranjas”, além de adquirir veículos de luxo em nome de terceiros e realizar transações para construtoras e transportadoras ligadas aos próprios integrantes do grupo. Durante a operação, foram encontrados cartões bancários na residência dos principais suspeitos. Além disso, a Justiça bloqueou R$ 480 mil e determinou que os investigados utilizem tornozeleiras eletrônicas.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertou sobre a prática comum utilizada pelos criminosos, que se passavam por funcionários de bancos ao contatar as vítimas. Os golpistas informavam que a conta havia sido invadida ou clonada, e que movimentações suspeitas estavam ocorrendo. Para resolver o problema, as vítimas eram incentivadas a instalar um aplicativo através de um link fornecido, o que permitia o acesso aos dados do celular por parte dos criminosos.
A Febraban reforçou que os bancos nunca solicitam senhas, números de cartões ou a instalação de aplicativos diretamente por telefone. Em caso de contato desse tipo, a orientação é desligar imediatamente e entrar em contato com o banco por meio de números oficiais que podem ser encontrados no verso dos cartões.
