O corpo da cantora Preta Gil, que faleceu aos 50 anos neste domingo (20) nos Estados Unidos, será trazido ao Brasil para as cerimônias de despedida. A família ainda não informou a data, o local do velório ou se ele será aberto ao público.
Preta Gil estava nos Estados Unidos desde maio, onde realizava um tratamento experimental contra o câncer. Natural do Rio de Janeiro, cidade onde residia, ela teve seu falecimento marcado por decretos de luto oficial de três dias pela prefeitura e pelo governo estadual do Rio.
Em 2023, a cantora e empresária foi diagnosticada com câncer no intestino. Após passar por cirurgias e tratamentos, chegou a alcançar a remissão da doença. Contudo, em 2024, a enfermidade retornou e se espalhou para outras partes do corpo, o que motivou novas intervenções cirúrgicas e o início do tratamento experimental nos Estados Unidos. Preta Gil era filha do cantor Gilberto Gil e de Sandra Gadelha, e deixa o filho Francisco Gil e a neta Sol de Maria.
Ao longo da carreira, Preta gravou quatro álbuns de estúdio, sendo o último, “Todas as Cores”, lançado em 2017. Além disso, lançou dois CDs e DVDs ao vivo. Um dos destaques de sua trajetória foi a criação do Bloco da Preta, um dos maiores blocos de carnaval de rua do Rio de Janeiro, que chegou a reunir cerca de 500 mil pessoas. Ela também era sócia da agência Mynd, uma das principais empresas de marketing digital no Brasil.
A morte da artista gerou diversas homenagens nas redes sociais por parte de amigos, autoridades e fãs. Ressaltam-se sua personalidade vibrante, seu posicionamento crítico e sua dedicação à família e aos amigos.
Autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, manifestaram pesar pela perda. O governo do estado e a prefeitura sugerem a possibilidade de homenagens públicas em memória da cantora.
Preta Gil também foi lembrada por representantes culturais e ministérios, que destacaram sua luta contra o câncer, a discriminação e a forma autêntica com que viveu sua trajetória artística e pessoal. Entre os temas ressaltados, estão o enfrentamento ao racismo, machismo e gordofobia.
A situação segue mobilizando manifestações de solidariedade e planos para homenagens no Rio de Janeiro e em outras regiões. A família ainda mantém reserva sobre as informações detalhadas dos momentos de despedida.