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sexta-feira, agosto 15, 2025

EUA tentam asfixiar Cuba ao bloquear a exportação de serviços médicos

O Departamento de Estado dos Estados Unidos cancelou vistos de funcionários brasileiros ligados ao programa Mais Médicos e também de servidores de governos africanos, de Granada e de Cuba, além de familiares dessas autoridades, todos envolvidos em programas de cooperação médica com Cuba.

Segundo a nota oficial do governo norte-americano, a medida visa reduzir receitas do governo cubano ao restringir a exportação de serviços médicos, que constitui uma das principais fontes de divisas do país caribenho.

A ação integra uma trajetória de pressões iniciada em fevereiro, quando a Casa Branca passou a advertir países que mantêm acordos com Cuba na área da saúde. O governo dos EUA aplica há mais de seis décadas um bloqueio econômico à ilha, com o objetivo declarado de promover alteração do regime político; a prática é amplamente contestada internacionamente e classificada por muitos países como violação do direito internacional.

Dados oficiais cubanos apontam que a ilha mantém atualmente cerca de 24 mil médicos atuando em 56 países. Estudo do sociólogo Samuel Farber, da Universidade da Califórnia em Berkeley, estima que, em 2019, a exportação de serviços médicos correspondeu a 46% das exportações de Cuba e a 6% do Produto Interno Bruto.

O programa de cooperação médica cubano existe desde a década de 1960. Segundo o Ministério da Saúde de Cuba, ao longo da história 605 mil profissionais atuaram em 165 países. Entre as nações que receberam médicos cubanos estão Portugal, Ucrânia, Rússia, Espanha, Argélia e Chile.

No Caribe, chefes de Estado e de governo reagiram à pressão dos Estados Unidos e criticaram a tentativa de limitar os acordos de cooperação em saúde que a região mantém com Cuba há décadas.

No Brasil, a cooperação com Cuba ocorreu entre 2013 e 2018 por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Nesse período, o programa chegou a empregar até 11 mil médicos cubanos no país, montante que representou mais da metade dos profissionais do Mais Médicos em seu auge.

Atualmente, cerca de 2,6 mil cubanos atuam no programa no Brasil, equivalente a aproximadamente 10% do total. Hoje a participação de estrangeiros no Mais Médicos não depende da intermediação da OPAS, tendo sido aberta por editais a profissionais de qualquer nacionalidade para vagas não preenchidas por brasileiros.

O Ministério da Saúde registra que o Mais Médicos levou profissionais de atenção básica a mais de 4 mil municípios e beneficiou, desde sua criação em 2013, mais de 66,6 milhões de pessoas. No primeiro ano do programa, a cobertura de atenção básica subiu de 10,8% para 24,6% da população, setor que concentra cerca de 80% das demandas de saúde.

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