O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, teve o visto norte-americano revogado pelo governo dos Estados Unidos em razão de sua ligação com o programa Mais Médicos. Em publicação nas redes sociais, ele reagiu à medida e reafirmou apoio ao programa.
O Mais Médicos foi implementado com cooperação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o que incluiu a contratação de profissionais cubanos. Em comunicações públicas, foi mencionado que médicos cubanos já atuavam, por meio de cooperação internacional, em cerca de 58 países. Dados do instituto Datafolha de 2013 apontaram 87% de aprovação ao programa naquele ano.
Na quarta-feira (13), o Departamento de Estado dos EUA anunciou a revogação de vistos de servidores do governo brasileiro, de ex-funcionários da Opas e de familiares. A justificativa apresentada pela administração norte-americana foi a de que esses indivíduos teriam participado da implementação do Mais Médicos enquanto exerciam funções no Ministério da Saúde e estariam ligados, segundo os EUA, ao chamado “trabalho forçado” do governo cubano.
Entre os alvos da sanção estão Mozart Sales e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e hoje coordenador-geral para a COP30.
Após o anúncio, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também manifestou-se publicamente em defesa do Mais Médicos e criticou a medida aplicada pelos Estados Unidos.
