A tragédia de Mariana (MG) completa 10 anos em novembro e o Programa Indenizatório Definitivo (PID) da mineradora Samarco já registra mais de 300 mil adesões, segundo a empresa.
O PID foi reaberto em 1º de agosto a pedido do Ministério Público Federal, dos ministérios públicos de Minas Gerais e do Espírito Santo e das defensorias públicas dos dois estados. A Samarco informou que a procura tem sido intensa.
Até julho havia pouco mais de 294 mil pedidos de indenização. Desse total, 232.927 acordos foram firmados e R$ 5,57 bilhões já foram pagos.
Cada pessoa ou empresa que aderir ao programa tem direito a uma indenização de R$ 35 mil, paga em parcela única. Para receber o valor, é necessário assinar um termo de quitação que implica renúncia a ações judiciais, tanto nacionais quanto internacionais.
Os interessados têm prazo curto para aderir: o programa termina em 14 de setembro.
A Samarco, controlada pela Vale e pela BHP, era responsável pela barragem de Fundão, em Mariana, que rompeu em 5 de novembro de 2015. A ruptura liberou cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos pela bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram e comunidades de dezenas de municípios, até a foz no Espírito Santo, foram afetadas.
O episódio é considerado o maior desastre ambiental do Brasil e um dos maiores do mundo.
