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quinta-feira, outubro 23, 2025

Vídeo e fotos mostram local onde Polícia Civil resgatou trabalhadores em situação análoga à escravidão

A Delegacia de Brasilândia prendeu em flagrante, nesta terça-feira (19), dois gerentes de uma fazenda vinculada a um grupo agropecuário multimilionário. No local foram apreendidas duas caminhonetes.

A ação teve origem em investigação policial que apontou exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Os policiais se deslocaram até a propriedade, localizada a cerca de 35 km da área urbana de Brasilândia, e encontraram trabalhadores alojados em currais e depósitos insalubres, sem condições mínimas de higiene e sem transporte. Havia relatos de jornadas exaustivas de segunda a sábado, superiores a nove horas diárias, e pagamento inadequado.

Algumas vítimas percorreram longos trechos a pé até a cidade em busca de atendimento médico em razão da ausência de suporte da fazenda. Outros informaram que eram obrigados a comprar produtos de higiene e alimentação de aliciadores, com os valores descontados dos salários. Os trabalhadores também não dispunham de cobertores para enfrentar o frio.

Durante a ação, a Polícia Civil constatou que cinco trabalhadores haviam sido retirados às pressas da fazenda momentos antes da chegada da equipe, em aparente tentativa de ocultar provas; eles foram localizados posteriormente em praça pública no centro da cidade.

Até o momento foram identificadas seis vítimas, todas provenientes de outros estados e submetidas a condições degradantes e desumanas, em violação de direitos humanos e trabalhistas.

Imagens, vídeos e laudo pericial coletados no local corroboram as condições encontradas. A prisão em flagrante dos dois gerentes integra a atuação contra o trabalho em condição análoga à escravidão, prática que ainda ocorre em grandes empreendimentos rurais no país.

A Justiça Federal foi comunicada. Os suspeitos permanecem presos e aguardam audiência de custódia. As vítimas foram encaminhadas ao CREAS, que providenciou abrigo e alimentação.

A operação foi coordenada pela Delegacia de Brasilândia. As investigações seguem em curso para apurar responsabilidades e identificar outras possíveis vítimas na região.

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