O Hospital da Vida, referência para Dourados e municípios da região e principal unidade de urgência e emergência da cidade, enfrenta há mais de uma semana falta de materiais essenciais que comprometem a qualidade e a rapidez do atendimento.
Entre os itens em falta estão gessos nos tamanhos 15 cm e 20 cm, necessários para imobilizações em fraturas mais graves — o estabelecimento só dispõe, no momento, de gesso de 10 cm. Também foram relatadas escassez de perfuradores para cirurgias, gases medicinais, lençóis, seringas de 10 ml e 20 ml e insumos gerais usados nas Unidades de Terapia Intensiva.
Em razão dessas deficiências, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) protocolou um requerimento à Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (FUNSAUD), presidida por Maria Izabel de Aguiar, e encaminhou cópia do documento à Prefeitura de Dourados. O pedido solicita esclarecimentos sobre as causas da falta de insumos, a previsão de reposição dos estoques e as medidas previstas para evitar a repetição do problema.
A crise de abastecimento ocorre também em meio à perda de recursos: a FUNSAUD deixou de receber R$ 150 mil em emendas parlamentares destinadas pela deputada em 2024, verba prevista para aplicação no Hospital da Vida e na UPA. O repasse não foi efetuado devido a pendências fiscais e cadastrais da Fundação, o que afetou a capacidade da instituição de atender às necessidades da rede pública de saúde.
A gestão da FUNSAUD é apontada como responsável pela administração do hospital, e o requerimento apresentado busca esclarecimentos formais sobre o cenário e o cronograma de reposição dos materiais.
