O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) firmaram parceria para mapear cavernas com relevância arqueológica, histórica, cultural ou religiosa e orientar o uso sustentável desses ambientes. A ação visa garantir a proteção e a preservação das cavidades naturais subterrâneas.
Em fase piloto, os dados estão sendo sistematizados. Há indicações preliminares de cavernas em Goiás com registros de arte rupestre e sepultamentos humanos com idade aproximada de 12 mil anos.
Para operacionalizar o projeto será criado um Grupo de Trabalho coordenado pelo Iphan, com representantes das cinco regiões do país. As atividades devem começar no início de setembro, contando inicialmente com dez servidores do Iphan e dois do ICMBio.
A iniciativa prevê a produção de dois documentos: um manual de boas práticas e um fluxograma operacional. O manual terá orientações para o uso responsável de cavernas com sítios arqueológicos por turistas, guias, prefeituras e comunidades, com diretrizes para mitigar impactos e reforçar o caráter educativo das visitas. O fluxograma servirá para aprimorar a ação pública, estabelecendo um procedimento técnico-operacional conjunto entre Iphan e ICMBio para avaliação dos atributos histórico-culturais nas cavidades.
Entre as orientações previstas estão proibições e restrições a condutas que possam danificar sítios, como fazer fogueiras, pichação, escalada e rapel em ambientes com pinturas rupestres ou outros vestígios arqueológicos. A publicação deverá ter foco educativo e ser divulgada junto a comunidades locais, visitantes e operadores turísticos.
