A Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com o Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS/Fiocruz-PE) e o Ministério da Saúde, realizou na sexta-feira (22) a Mostra Final do Projeto Saúde e Bem Viver, na Escola de Saúde Pública Dr. Jorge David Nasser, em Campo Grande.
A iniciativa tem como objetivo capacitar profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) e integrantes das equipes e-Multi para a incorporação de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) com foco na promoção da saúde mental.
O projeto alcançou 179 estudantes distribuídos em 10 equipes, resultando em 62 planos de intervenção implementados em 39 municípios de Mato Grosso do Sul. A ação abrangeu profissionais de 49,36% dos municípios do estado e envolveu servidores da APS, do sistema prisional, da saúde indígena, da atenção especializada e hospitalar.
Entre as ações desenvolvidas, 36 estudantes de equipes multiprofissionais elaboraram 12 planos de intervenção aplicados em três municípios — Aquidauana, Bodoquena e Miranda — nos quais foram incluídas estratégias de yogaterapia.
No âmbito das comunidades indígenas, o projeto Aldeia em Movimento promove encontros semanais de uma hora voltados à atividade física, em caráter colaborativo com a comunidade e a equipe de saúde local. Técnicos de enfermagem, agentes de saneamento, professores, médicos e enfermeiros participam das ações, que estão em funcionamento há cerca de três meses.
Em Ribas do Rio Pardo, foi implementado um programa voltado ao bem-estar dos profissionais da APS por meio de PICS, desenvolvido em parceria com a Escola de Saúde Pública e a Fiocruz. A iniciativa, idealizada por profissionais locais, surgiu a partir da identificação de altos índices de estresse ocupacional e já conta com sessões de yoga e auriculoterapia, com previsão de ampliação para outras práticas integrativas.
As ações apresentadas na Mostra reforçam a articulação entre atenção primária e especializada, integrando médicos, psicólogos, educadores físicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. O objetivo declarado é oferecer um atendimento mais humanizado e centrado no território, além de contribuir para a redução de custos relacionados a licenças médicas e para a melhoria da qualidade de vida da população.
