Nesta segunda-feira, 1º de setembro de 2025, as transmissões em ondas curtas da Rádio Nacional da Amazônia completaram 48 anos. A emissora, criada em 1º de setembro de 1977, realizou uma programação ao vivo que reuniu ouvintes e profissionais em Brasília.
A rádio mantém transmissões destinadas a levar música, informação e entretenimento à região Norte do país, funcionando como meio de comunicação para localidades distantes dos grandes centros.
A apresentadora Mara Régia, integrante da equipe desde a década de 1970 e presente na abertura da emissora, participou das comemorações em Brasília. Outro destaque foi a trajetória do ouvinte Cláudio Paixão, criado em uma fazenda em Estreito (MA) onde, segundo relatos, não havia energia elétrica até 2006 e o rádio em ondas curtas era o único meio de comunicação. Cláudio tornou‑se jornalista e pesquisador da Nacional da Amazônia e formou, conforme informado pela emissora, o maior acervo de conteúdo já transmitido pelas ondas curtas.
A programação ressaltou a abrangência do público da Nacional da Amazônia, que inclui ribeirinhos, pescadores, indígenas, quilombolas e extrativistas, muitos dos quais dependem do rádio como principal fonte de contato com o resto do país.
Durante a celebração foi lançada uma cápsula do futuro para reunir mensagens destinadas à Amazônia em 50 anos, com abertura prevista para 2027. A iniciativa integrou as atividades da Semana da Amazônia, que se estende até 5 de setembro e inclui a experiência imersiva Amazônia Viva.
Os projetos Amazônia Popular e Amazônia nas Comunidades foram apontados como responsáveis pela experiência imersiva; Daniel Vicente aparece como coordenador dessas iniciativas. O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), André Basbaum, compareceu à abertura da programação.
A audiência em ondas curtas mantém o papel histórico de aproximar a população amazônica do restante do país e de difundir conteúdo cultural e informativo produzido na região.