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sexta-feira, setembro 5, 2025

Pressão de Trump intensifica alegações de manipulação eleitoral nos EUA

Após o Texas, o Missouri tornou-se o mais recente estado a abrir um processo de redesenho dos distritos eleitorais com objetivo de favorecer candidatos republicanos nas eleições para a Câmara dos Representantes de 2026.

A manobra, conhecida nos Estados Unidos como gerrymandering, tem ganhado impulso diante da pressão do ex-presidente Donald Trump para que estados sob controle republicano modifiquem seus mapas eleitorais e ampliem a representação do partido no Congresso.

No final de agosto, o Texas aprovou um novo mapa que aumentou em cinco o número de cadeiras do estado na Câmara. Críticos afirmam que o redesenho reduz o poder de voto de populações negras e hispânicas ao concentrar distritos de maioria branca.

Ao contrário do sistema proporcional usado no Brasil para a Câmara, as eleições para a Câmara dos Representantes nos EUA ocorrem por distrito. Cada vaga é decidida por maioria nos limites de um distrito específico, o que torna a delimitação das fronteiras decisiva para o resultado eleitoral. Redesenos podem dividir áreas urbanas de maioria negra ou liberal e incorporá-las a distritos rurais de maioria branca, tornando essas populações minoritárias em vários distritos.

No Missouri, a assembleia estadual iniciou na quinta-feira (5) a análise de um novo desenho distrital, com expectativa de votação já na próxima semana. A proposta recebeu apoio do governo estadual e também manifestações de incentivo por parte de Donald Trump em redes sociais.

Em contrapartida, governos estaduais controlados pelos democratas avaliam respostas para neutralizar ganhos republicanos. A Califórnia anunciou intenção de redesenhar seus mapas para combater mudanças favoráveis aos republicanos, mas regras estaduais mais rígidas exigem que a nova proposta seja submetida a referendo previsto para novembro.

O redesenho dos distritos costuma ocorrer após o censo decenal e, em tese, deveria seguir critérios objetivos ligados a mudanças demográficas. Na prática, entretanto, estados com maioria em uma legenda já adotaram intervenções para favorecer o partido no poder. Em resposta, alguns estados criaram comissões independentes para conduzir o processo, enquanto outros mantêm a responsabilidade nas assembleias legislativas.

A pressão para rever os mapas eleitorais se espalhou por outros estados de maioria republicana, como Indiana, Flórida e Ohio. Estados de maioria democrata, entre eles Illinois, Nova York e Maryland, também estudam alterações nos limites distritais como contrapartida às iniciativas republicanas.

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