A caderneta de poupança teve saques líquidos de R$ 7,6 bilhões em agosto, informou o Banco Central nesta sexta-feira (5).
No mês, os depósitos somaram R$ 346,8 bilhões e os saques alcançaram R$ 354,4 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas totalizaram R$ 6,5 bilhões. O saldo da poupança permanece pouco acima de R$ 1 trilhão.
Este foi o segundo mês consecutivo com resultado negativo. Os quatro primeiros meses de 2025 também registraram retiradas líquidas, enquanto maio e junho tiveram entradas líquidas. No acumulado do ano, a poupança apresenta resgate líquido de R$ 63,5 bilhões.
Nos últimos anos, a tendência tem sido de resgates: em 2023 e 2024, as retiradas líquidas foram de R$ 87,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, respectivamente.
Entre os fatores que têm levado os poupadores a buscar outras aplicações está a manutenção da taxa básica de juros em patamar elevado, o que torna alternativas de investimento mais atrativas.
Em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o ciclo de alta da Selic, após sete aumentos seguidos, e manteve a taxa em 15% ao ano, sem descartar a possibilidade de novos ajustes caso seja necessário.