A menos de dois meses da COP-30, as discussões sobre o futuro climático ganham intensidade. A conferência ocorrerá em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro, e reunirá chefes de Estado, cientistas e representantes da sociedade civil para debater medidas sobre redução de emissões, energias renováveis, preservação de florestas e biodiversidade, além de justiça climática e financiamento a países em desenvolvimento.
A história das negociações climáticas modernas remonta a 1997, quando foi adotado o Protocolo de Quioto. O acordo, considerado o primeiro pacto global contra a poluição por gases de efeito estufa, entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005 e estabeleceu metas de redução principalmente para países desenvolvidos.
Naquele período, cerca de 30 nações industrializadas comprometeram-se a reduzir aproximadamente 5% das emissões até 2012, em comparação com os níveis de 1990. O Protocolo também criou um mercado de créditos de carbono, com regras para monitoramento, revisão e verificação das transações, e fomentou iniciativas de adaptação e desenvolvimento tecnológico para aumentar a resiliência aos impactos climáticos.
O tratado influenciou mudanças em legislações ambientais em vários países, inclusive no Brasil.
Em 2015, o Acordo de Paris sucedeu o Protocolo de Quioto como referência internacional. Nos primeiros sete anos após sua adoção, 194 países aderiram ao acordo, comprometendo-se a reduzir emissões para limitar o aumento da temperatura média global a níveis inferiores a 2°C em relação à era pré-industrial.
A COP-30 terá como objetivo fortalecer metas de descarbonização e acelerar a transição para uma economia verde, alinhada aos compromissos do Acordo de Paris. A conferência também deve enfatizar mecanismos de financiamento e apoio técnico para nações em desenvolvimento.
Com a capitalização do debate em Belém, a atenção internacional se voltará para a região amazônica, área de importância estratégica para a mitigação das mudanças climáticas.
