A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) informou que subiu para cinco o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado. Dois registros estão em São Pedro da Aldeia e há um caso suspeito em cada um dos municípios de Cabo Frio, Niterói e São João de Meriti. Do total de 18 suspeitas em investigação, 13 já foram descartadas.
Segundo a secretaria, a primeira notificação ocorreu há pouco mais de uma semana. Até o momento não houve confirmação de intoxicação por metanol no estado.
A SES-RJ afirma que acompanha os casos e adotou medidas para o atendimento dos pacientes. A orientação oficial é reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, especialmente destilados, enquanto prossegue o rastreamento de possíveis adulterações. Em caso de consumo, a população deve ficar atenta a sinais de falsificação e procurar atendimento médico imediatamente se surgirem sintomas graves.
Risco e sinais clínicos
O metanol é um solvente de uso industrial e não é próprio para consumo humano. No organismo, é metabolizado em compostos mais tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, que podem provocar danos severos, incluindo perda da visão e morte.
Os principais sintomas associados à intoxicação são visão turva ou perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese. Diante da identificação desses sinais, é fundamental buscar atendimento médico sem demora.
Cuidados com bebidas
A recomendação é evitar bebidas de procedência duvidosa ou sem rotulagem e certificação. Consumir apenas produtos regularizados e, preferencialmente, em estabelecimentos de confiança. Preços muito abaixo do mercado podem indicar falsificação. Sinais como impurezas ou partículas no líquido também são indicativos de risco.
Licores e destilações caseiras devem ser evitados, pois a produção sem controle pode deixar resíduos de metanol.
Emergência e contatos
Em caso de suspeita de intoxicação, procurar imediatamente serviços de emergência e contatar centros de orientação toxicológica. Telefones úteis citados pela secretaria:
– Disque-Intoxicação (Anvisa): 0800 722 6001
– Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733
Também é importante identificar e avisar outras pessoas que tenham consumido a mesma bebida, recomendando avaliação médica imediata. A demora no atendimento eleva o risco de desfecho grave, inclusive óbito.