O Ministério da Saúde firmou acordo de cooperação internacional com a empresa indiana Biological E Limited para pesquisa, tecnologia e inovação voltadas a vacinas virais e bacterianas. O objetivo é fortalecer as plataformas de produção da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no âmbito da cooperação entre países do Sul Global.
Segundo o Itamaraty, a assinatura ocorreu em Nova Délhi durante agenda que contou com a presença do vice‑presidente e do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A missão visa ampliar o comércio, os investimentos e a cooperação bilateral entre Brasil e Índia.
O acordo estabelece bases para o desenvolvimento conjunto de pesquisas e estudos sobre imunobiológicos produzidos por Bio‑Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável por vacinas. Entre os projetos prioritários está a avaliação colaborativa da eficácia e segurança de uma vacina pneumocócica 24 valente. Também estão previstas ações para formalizar a transferência de tecnologia da vacina pneumocócica 14 valente, visando produção nacional e fornecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A parceria inclui cooperação técnica e científica em temas relacionados à produção e desenvolvimento de vacinas, assim como prestação de serviços técnicos destinada a ampliar a capacidade produtiva do país e atender às demandas do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O documento aponta objetivos específicos, como o intercâmbio de conhecimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação; o apoio a análises de vigilância epidemiológica; e a criação de um ambiente colaborativo para fomentar propriedade intelectual e novos projetos de inovação.
Na prática, a Biological E Limited contribuirá com experiência em pesquisa e desenvolvimento, dados técnicos sobre a vacina pneumocócica e capacidade instalada de produção. A participação de Bio‑Manguinhos envolverá estrutura produtiva, expertise em biotecnologia, rede de pesquisa e articulação com o SUS e as agências regulatórias brasileiras.
O acordo busca aumentar a autonomia tecnológica do Brasil na área de imunobiológicos, assegurar o fornecimento de vacinas essenciais e impulsionar o desenvolvimento de novas gerações de imunizantes para reforçar o PNI e ampliar o acesso da população.