A Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES-RJ) informou que as análises laboratoriais descartaram metanol em amostras de mais quatro pacientes investigados. Do total de 17 casos notificados até agora, 15 foram excluídos como suspeitas.
Entre os quatro casos recentemente descartados, dois foram registrados em São Pedro da Aldeia, um em Cabo Frio e outro em Niterói. Permanecem em investigação dois pacientes: um em Cabo Frio, na Região dos Lagos, e outro em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A secretaria orienta que a população permaneça atenta e procure atendimento médico imediato caso surjam sintomas após a ingestão de bebidas alcoólicas.
Principais sinais de intoxicação por metanol incluem visão turva, desconforto gástrico e sintomas de gastrite. A intoxicação pode evoluir para cegueira irreversível e óbito, o que torna essencial a busca rápida por serviços de saúde.
O primeiro caso suspeito no estado foi registrado no início de outubro. Desde então, a SES-RJ tem recomendado redução do consumo de bebidas alcoólicas, com atenção especial para destilados, até que sejam concluídos os rastreamentos de possíveis adulterações.
Unidades de saúde estaduais foram orientadas sobre o reconhecimento dos sinais e o tratamento de intoxicações por metanol. Os municípios devem encaminhar amostras ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ), que firmou parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para a análise de materiais suspeitos.
No começo do mês, o Ministério da Saúde enviou ao estado remessas de etanol farmacêutico e do antídoto fomepizol. Os insumos foram destinados ao Hospital Estadual Anchieta, referência estadual para atendimento de casos de intoxicação por metanol.
A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave. No organismo, a substância é convertida em compostos tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, que podem levar à morte.
Em caso de suspeita, é preciso buscar imediatamente serviços de emergência e também contatar centros de assistência a intoxicações. Telefones úteis: Disque-Intoxicação da Anvisa — 0800 722 6001; Centro de Informações Antivenenos (CIATox) local; e o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI) — (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733.
Identificar e orientar pessoas que possam ter consumido a mesma bebida é fundamental. Atrasos no reconhecimento e no atendimento aumentam o risco de desfecho grave, incluindo óbito.
