Mato Grosso do Sul aparece como referência nacional em trabalho prisional, com 33,53% da população carcerária ocupada por atividades laborais, segundo o 18º ciclo do SiSdepen (Levantamento de Informações Penitenciárias), divulgado pela Senappen com dados de julho.
Do total de 17.478 internos no sistema prisional — número que não inclui pessoas em monitoração eletrônica —, 5.860 estão empregados em atividades dentro e fora das unidades do estado.
A expansão das ocupações é atribuída à política pública da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), que fortaleceu parcerias com órgãos públicos e o setor privado para ampliar as vagas de trabalho.
O índice do estado supera a média nacional, de 26,15%, em mais de sete pontos percentuais. Mato Grosso do Sul figura entre os 10 primeiros colocados no país em percentual de presos trabalhando, embora não ocupe a liderança do ranking.
Outro destaque é a remuneração: mais de 65% dos detentos que trabalham em Mato Grosso do Sul recebem pagamento pelas atividades. Em contraste, o Maranhão, que lidera o ranking nacional em percentual de trabalhadores prisionais, registra menos de 20% de remuneração entre os custodiados.
O estado também se sobressai na inclusão feminina no trabalho prisional. Há 535 mulheres ocupadas em atividades laborais, o que coloca Mato Grosso do Sul na 5ª posição nacional em termos percentuais e à frente da região Centro-Oeste.
As autoridades estaduais apontam que a combinação de quantidade e diversidade de atividades oferecidas tem sido um elemento central da estratégia de reintegração social por meio do trabalho prisional.
Dados divulgados pela Senappen e pela comunicação da Agepen subsidiaram este levantamento.



