O Ceará tem 3.226 hectares de Caatinga ocupados por usinas de energia solar, segundo a iniciativa MapBiomas. No ranking nacional, o estado aparece em quarto lugar em área do bioma comprometida por instalações fotovoltaicas, atrás de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
A Caatinga concentra 62% das usinas solares do país. Ao todo, os empreendimentos já ocupam 21.800 hectares desse bioma, de acordo com os dados.
A conversão de vegetação nativa para parques solares acarreta perda de serviços ecossistêmicos, entre eles a regulação climática, a produção de água, a fertilidade do solo e a manutenção da biodiversidade. Também há redução de habitat, com impactos diretos sobre a fauna local, que pode sofrer mortalidade ou ser forçada a deslocar-se.
No Ceará, cerca de 72,3% da área de Caatinga ocupada por usinas corresponde a formações savânicas. A expansão da energia solar em regiões de vegetação nativa tem motivado debate sobre a necessidade de conciliar a transição energética com medidas de conservação do bioma.
