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sexta-feira, dezembro 5, 2025

ONGs denunciam que alta letalidade da Operação Contenção viola comunidades

A Operação Contenção, deflagrada na terça-feira (28) pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, deixou mais de 120 mortos na capital fluminense, segundo contabilização divulgada até o momento.

Agências de reportagem consultaram grupos de direitos humanos e organizações não governamentais que atuam na área de segurança pública para analisar método e resultados da ação. Essas entidades manifestaram preocupação com o impacto do episódio sobre moradores e com possível descumprimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, norma do Supremo Tribunal Federal que estabelece medidas para o planejamento e execução de políticas de segurança no estado.

Relatos e apurações indicam que operações ocorreram em áreas como o Complexo da Penha e o Complexo do Alemão. Em imagens e registros feitos no local, dezenas de corpos foram levados à Praça São Lucas, na Penha. Organizações presentes às comunidades registraram dificuldades de acesso a perícias no local e apontaram que moradores recolheram parte das vítimas.

Fontes consultadas também apontaram falhas de planejamento operacional, entre as quais o emprego de efetivos menos experientes em ações de alta complexidade e a surpresa diante do armamento utilizado por membros de facções. A extensão das respostas do crime organizado nas áreas atingidas foi citada como indicativa de planejamento insuficiente.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro divulgou nota de repúdio às ações policiais e reivindicou controle social e institucional sobre as operações, com respeito aos direitos fundamentais. A Comissão de Segurança Pública da OAB de São Paulo solicitou investigação rigorosa e independente da operação e recomendou revisão urgente das estratégias de segurança pública no estado, priorizando a proteção da vida.

A Human Rights Watch no Brasil solicitou a atuação do Ministério Público Estadual na investigação das mortes e na apuração do planejamento e das decisões do comando policial e das autoridades envolvidas. Em documento, a organização pediu ainda que políticas de segurança incorporem participação comunitária, baseiem-se em investigação e inteligência e priorizem medidas para desarticular o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e vínculos entre grupos criminosos e agentes do Estado.

As movimentações seguintes à operação e os efeitos sobre o controle territorial ainda são objeto de análise. Autoridades estaduais e os órgãos responsáveis pelas apurações não divulgaram, até o fechamento desta edição, um balanço final detalhado sobre as circunstâncias de cada morte ou sobre medidas disciplinares e investigativas adotadas.

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