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sábado, novembro 1, 2025

Do folclore à diplomacia climática: Curupira vira símbolo da Amazônia na COP30

O Curupira, figura do folclore brasileiro, foi escolhido como símbolo visual da COP30, que ocorrerá em Belém entre 10 e 21 de novembro, com a Cúpula de Chefes de Estado prevista para os dias 6 e 7.

A criatura é descrita na tradição popular como um protetor das florestas: tem cabelos vermelhos, pés voltados para trás e costuma confundir intrusos deixando pegadas invertidas. Também é retratado como capaz de atrair pessoas com gritos que imitam pedidos de socorro, podendo punir quem causa dano às matas.

A identidade visual da COP30 com o Curupira foi apresentada em julho como expressão do compromisso brasileiro com a preservação florestal e com ações para reduzir emissões de gases de efeito estufa. Em setembro, a figura estreou publicamente como mascote do evento durante o desfile de 7 de setembro em Brasília — trata-se da primeira vez que a Conferência do Clima da ONU adota um mascote.

O Curupira é presença recorrente em tradições de várias regiões do Brasil e aparece também em outros países da América do Sul sob nomes como Curupi, Curipira, Currupira e Coropira. A origem do nome remete ao tupi-guarani: curumim (menino) e pira (corpo).

A primeira referência escrita ao Curupira consta em uma carta de 1560 do padre jesuíta José de Anchieta, registrada no Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luís da Câmara Cascudo. Nessa menção histórica, o personagem já era reconhecido pelos colonizadores como uma entidade ligada ao mato.

Desde a ECO92, sediada no Rio de Janeiro, as conferências climáticas costumam lançar uma identidade visual própria do país anfitrião. Na edição anterior, a COP29, realizada em 2024 no Azerbaijão, a marca do evento incorporou um motivo tradicional que remetia à interconexão entre seres humanos e natureza, representada por folhas estilizadas.

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