O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (18), em Brasília, a criação de uma rede nacional de hospitais e serviços de saúde inteligentes e de medicina de alta precisão no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto visa modernizar o atendimento por meio de tecnologia avançada, maior especialização e cooperação internacional.
Entre as medidas previstas está a implantação de 14 unidades de terapia intensiva (UTIs) automatizadas, que estarão interligadas e distribuídas pelas cinco regiões do país. Também será construído o Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), apontado como o primeiro hospital inteligente do Brasil.
O ministério informou que outras oito unidades hospitalares passarão por modernização, em parceria com universidades e secretarias estaduais e municipais de saúde. A iniciativa integra o programa Agora Tem Especialistas, voltado à ampliação do atendimento especializado na rede pública.
Segundo dados oficiais citados pelo governo, a adoção de tecnologias como inteligência artificial e análise de big data pode reduzir em até cinco vezes o tempo de espera por atendimento de emergência e acelerar diagnósticos e intervenções especializadas.
As 14 UTIs automatizadas serão instaladas em hospitais selecionados pelo ministério em conjunto com gestores de 13 estados. As cidades contempladas são Manaus, Dourados (MS), Belém, Teresina, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília.
Os serviços serão totalmente digitais, com monitoramento contínuo e integração entre equipamentos e sistemas de informação. A tecnologia deverá permitir previsão de agravamentos clínicos, apoio a decisões médicas, otimização de avaliações e troca de conhecimento entre especialistas de diferentes regiões. As unidades também estarão conectadas a uma central de pesquisa e inovação.




