Nas negociações da COP30, a redução do uso de combustíveis fósseis para geração de energia aparece como tema central para enfrentar a emergência climática. Entre as propostas em debate está o chamado “Mapa do Caminho” para a transição energética, apresentado pelo Brasil em uma das cartas da conferência.
O texto em discussão na COP30, entretanto, limita-se por ora a criar um processo de deliberação entre países, com a elaboração de um relatório previsto para durar um ano. Essa formulação deixa em aberto a adoção de medidas concretas imediatas para reduzir a queima de combustíveis fósseis.
O presidente Lula defendeu publicamente a proposta do Mapa do Caminho durante um encontro de líderes realizado em Belém, onde reafirmou a intenção brasileira de ampliar compromissos relacionados ao Acordo de Paris.
No debate internacional sobre o tema, surgem questões operacionais e sociais que precisam ser resolvidas antes de uma transição em larga escala. Entre elas estão a definição de prioridades temporais (quem reduz primeiro e em quanto tempo), as metas a serem alcançadas, os mecanismos de financiamento e as medidas para mitigar impactos sobre emprego, inflação e economia nacional.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática já vinha defendendo a transição energética em discursos anteriores, ressaltando a necessidade de planejamento e de investimentos para acelerar a adoção de fontes limpas.
Do ponto de vista das emissões, a queima de combustíveis fósseis para geração de energia responde por mais de 70% dos gases de efeito estufa, principais responsáveis pela crise climática. Entre os maiores emissores globais estão China e Estados Unidos.




