Os dados de segurança pública referentes a outubro de 2025, divulgados nesta quarta‑feira (19) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro, mostram variações em indicadores de violência e criminalidade.
O total de mortes violentas registradas em outubro chegou a 426, contra 310 no mesmo mês de 2024, alta de 37%. Esse indicador reúne homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes por intervenção de agentes do Estado.
Entre os crimes contra o patrimônio e a pessoa, furtos de celular sobem com força: 4.035 aparelhos subtraídos em outubro de 2025, ante 2.856 em outubro de 2024, aumento de 41%. O furto de bicicletas passou de 321 para 348 casos (alta de 8%). Ocorreram também 800 registros de furto dentro de coletivos em outubro, ante 681 no ano anterior, elevação de 17%.
No enfrentamento ao armamento pesado, as forças de segurança retiraram 789 fuzis de circulação entre janeiro e outubro de 2025, o maior volume desde o início da série histórica do ISP, em 2007 — alta de 23% em relação às 642 apreensões no mesmo período de 2024. Só em outubro foram apreendidos 196 fuzis, o que representa crescimento de 201,5% para o mês e média de cerca de seis armas desse tipo por dia.
Ao mesmo tempo, crimes contra o patrimônio apresentaram queda em outubro. Roubos de carga somaram 181 ocorrências, recuo de 52,1% ante 378 em 2024, o menor total para o mês desde 2010. Roubos de veículo registraram 1.796 casos, retração de 47,2% e nível mais baixo para outubro desde 2012. Roubos de rua caíram para 4.282 registros, redução de 19,7% em relação às 5.334 ocorrências do ano anterior, menor índice desde 2004.
Outros indicadores consolidados nos dez primeiros meses de 2025 apontam produtividade policial elevada: 35.598 prisões em flagrante (média de 117 por dia), 21.408 apreensões de drogas (cerca de 70 por dia), 14.279 veículos recuperados e 5.224 armas retiradas das ruas (média de 17 por dia). Em outubro, houve cinco vítimas de latrocínio, oito a menos que em igual período de 2024.
O conjunto de números reflete diferenças entre aumentos em crimes patrimoniais e de violência letal e quedas em roubos e apreensões, segundo o levantamento divulgado pelo ISP.




