O governo dos Estados Unidos divulgou, na sexta-feira (5), a nova Estratégia Nacional de Segurança que reafirma a aplicação da Doutrina Monroe e pretende reestabelecer a influência norte-americana em todo o Hemisfério Ocidental, abrangendo as Américas do Sul, Central e do Norte.
O documento estabelece que os EUA buscarão proteger o país e garantir acesso a regiões consideradas estratégicas na América. Entre as diretrizes, consta a intenção de impedir que competidores externos posicionem forças ou controlem ativos considerados vitais no hemisfério.
A Estratégia propõe ainda uma releitura da Doutrina Monroe, descrita no texto como um “Corolário Trump”, com objetivo de ampliar a presença norte-americana no continente. Entre as medidas previstas estão a ampliação do acesso a pontos estratégicos e ações para remover empresas estrangeiras envolvidas em obras de infraestrutura na região.
A publicação orienta uma política de aproximação com governos e movimentos regionais que compartilhem princípios e interesses dos EUA, ao mesmo tempo em que reconhece a necessidade de manter canais de cooperação com administrações de orientação diferente. O governo considera que incursões de atores externos no continente têm prejudicado a economia americana e classifica a tolerância a essas ações como um erro estratégico das últimas décadas.
A estratégia também condiciona alianças regionais a um esforço para reduzir a influência externa adversária e pede maior coordenação entre o governo e o setor privado. Diplomatas e funcionários norte-americanos são instruídos a apoiar a competitividade de empresas dos EUA nos países do Hemisfério Ocidental.
Além disso, o documento prevê preferência por acordos comerciais que usem tarifas e reciprocidade como instrumentos de diplomacia econômica, e destaca a intenção de fortalecer parcerias de segurança na região, incluindo venda de equipamentos militares, compartilhamento de informações e realização de exercícios conjuntos.




