No Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Cidadania (SEC), promove a Formação de Lideranças Comunitárias em Defesa das Mulheres. A iniciativa integra o Programa Protege, estratégia estadual de prevenção e enfrentamento à violência de gênero.
A formação visa fortalecer as redes de proteção, ampliar o conhecimento sobre os diferentes tipos de violência — física, psicológica, moral, sexual e patrimonial — e qualificar lideranças para atuarem na prevenção e no encaminhamento de casos em suas comunidades.
O primeiro encontro ocorrerá em 16 de agosto, às 8h, no auditório da SEC (Av. Ceará, 984, Campo Grande). As inscrições estão abertas no site do governo estadual. O curso é direcionado a lideranças atuantes em associações de bairro, clubes de mães e demais pessoas interessadas em multiplicar ações de enfrentamento à violência contra a mulher.
A programação contará com participação de representantes do Núcleo Institucional da Cidadania da Polícia Civil, que abordarão temas como o ciclo da violência e a identificação de sinais de risco. Também serão apresentadas informações sobre serviços de acolhimento e atendimento jurídico e psicossocial disponíveis no estado, incluindo o Ceamca em Campo Grande, que presta apoio a vítimas e a seus familiares.
Protege
O Protege (Programa Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres) foi instituído em junho de 2025 e lançado oficialmente em 7 de agosto, data que marcou os 19 anos da Lei Maria da Penha. Trata-se de uma política pública transversal e integrada, envolvendo secretarias como Cidadania; Justiça e Segurança Pública; Assistência Social e Direitos Humanos; Desenvolvimento; e Educação, além de articulação com órgãos do sistema de justiça e forças de segurança.
O programa atua em três pilares: prevenção primária, com ações educativas, culturais e sociais voltadas à promoção da equidade de gênero; prevenção secundária, centrada na identificação precoce de riscos e na proteção imediata das vítimas; e prevenção terciária, dedicada à reparação, ao acompanhamento e à autonomia das mulheres, buscando reduzir a reincidência da violência.
Entre as estratégias previstas estão a ampliação de canais de denúncia, a qualificação das equipes de atendimento, a inserção da temática de gênero nas escolas, a formação de líderes comunitários, o fortalecimento da rede de prevenção, o fomento ao empreendedorismo, a municipalização da metodologia Ceamca e a expansão do Painel Mulheres do Observatório da Cidadania.
Fonte: Secretaria de Estado de Cidadania.
