O projeto de hortifrúti do Estabelecimento Penal Masculino de Regime Fechado de Caarapó vem se ampliando e passando a atender com mais regularidade instituições e famílias da cidade. A iniciativa combina capacitação técnica e trabalho na terra como instrumentos de ressocialização.
Reeducandos receberam treinamento para o cultivo e atuam no plantio e na colheita de hortaliças. Entre as variedades produzidas estão alface, rúcula, couve e cheiro-verde. Parte da produção é destinada ao consumo interno da unidade prisional.
Nesta semana, 300 pés de alface colhidos na horta foram entregues ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que fará a distribuição às famílias em situação de vulnerabilidade.
As doações, que até então beneficiavam principalmente um asilo e o Centro Marie Ariane (Cema), passaram a contemplar também a Guarda Mirim e a APAE. A APAE de Caarapó atende aproximadamente 130 pessoas com deficiência intelectual e múltipla. A Guarda Mirim abriga cerca de 50 crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos. O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos conhecido como “Sorriso de Criança” atende um grupo de crianças e adolescentes da região.
O fortalecimento da horta recebeu apoio da Prefeitura, que enviou um caminhão de terra, e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), responsável pela capacitação dos internos. A ação integra o conjunto de atividades da Agepen voltadas à retribuição social e à inserção comunitária da unidade prisional.
O projeto funciona como um canal de solidariedade entre o presídio e a comunidade, ampliando o acesso a alimentos frescos e contribuindo para a segurança alimentar de famílias e instituições locais.