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segunda-feira, setembro 1, 2025

Analistas do mercado financeiro cortam previsão da inflação para 4,85%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, recuou de 4,86% para 4,85% para este ano. É a décima quarta revisão consecutiva para baixo, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central.

Para 2026, a projeção caiu de 4,33% para 4,31%. As estimativas para 2027 e 2028 são de 3,94% e 3,8%, respectivamente.

A expectativa para este ano permanece acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, entre 1,5% e 4,5%.

Dados do IBGE mostraram que, em julho, o IPCA teve alta de 0,26% no mês, influenciado por conta de energia mais cara. Foi o segundo mês seguido de queda nos preços dos alimentos. No acumulado em 12 meses, o índice atingiu 5,23%, acima do limite superior da meta.

Política de juros

O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como principal instrumento para tentar atingir a meta de inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15% ao ano na reunião de julho, após interromper um ciclo de sete altas consecutivas.

Analistas consultados no Boletim Focus estimam que a Selic terminará 2025 em 15% ao ano. As projeções indicam uma queda para 12,5% ao ano no fim de 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

Taxas de juros mais elevadas tendem a conter a demanda ao encarecer o crédito e estimular a poupança, o que pressiona menos a inflação, mas pode frear o crescimento econômico. Bancos também levam em conta risco de inadimplência, margem de lucro e custos administrativos ao definir juros cobrados de consumidores.

PIB e câmbio

A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passou de 2,18% para 2,19%. Para 2026, a estimativa é de 1,87%. As previsões para 2027 e 2028 são de 1,89% e 2%, respectivamente.

No primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 1,4%, puxada pelo setor agropecuário. Em 2024, o PIB avançou 3,4%, marcando o quarto ano seguido de crescimento e o maior resultado desde 2021, quando o crescimento foi de 4,8%.

Para o câmbio, o mercado projeta a cotação do dólar a R$ 5,56 no fim deste ano e R$ 5,62 ao final de 2026.

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