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quarta-feira, setembro 3, 2025

IBGE aponta crescimento de 0,4% do PIB no segundo trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 na comparação com o primeiro trimestre, alcançando o maior nível desde o início da série histórica, em 1996. Na comparação anual, a economia avançou 2,2% em relação ao segundo trimestre de 2024.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do semestre, o PIB subiu 2,5% e, nos quatro trimestres encerrados no período, cresceu 3,2%. O valor total da economia foi estimado em R$ 3,2 trilhões. Esta foi a 16ª variação trimestral positiva seguida desde o segundo trimestre de 2021.

Pelo lado da oferta, serviços e indústria registraram expansão trimestral de 0,6% e 0,5%, respectivamente, enquanto a agropecuária recuou 0,1%. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5%, o consumo do governo caiu 0,6% e os investimentos registraram queda de 2,2%. Serviços e consumo das famílias atingiram patamares recordes.

No confronto com o segundo semestre de 2024, o avanço de 2,2% foi puxado principalmente pela agropecuária, que cresceu 10,1% devido a ganhos de produtividade em algumas lavouras.

A taxa de crescimento trimestral desacelerou em relação ao primeiro trimestre de 2025, quando o PIB havia crescido 1,3%.

Contexto da política monetária
A taxa Selic vem subindo desde setembro de 2024, quando estava em 10,5% ao ano, até os atuais 15%, nível mais alto desde julho de 2006, quando a Selic era 15,25%. A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a cada 45 dias e é o principal instrumento para conduzir a inflação à meta oficial de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual. Desde setembro de 2024, o IPCA permanece acima do teto da meta (4,5%).

O Banco Central aponta que o efeito da alta da Selic sobre a inflação costuma levar de seis a nove meses para se tornar mais significativo. Taxas mais elevadas encarecem empréstimos e podem reduzir investimentos, produzindo efeito contracionista sobre a economia.

Expectativas para 2025
No Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, o mercado financeiro projeta crescimento do PIB de 2,19% para 2025. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda estima expansão de 2,5% no ano, segundo a edição de julho do Boletim Macrofiscal.

Em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão e a maior alta desde 2021, quando a economia avançou 4,8%.

O que é o PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) reúne o valor de todos os bens e serviços produzidos em um território durante um período. O cálculo utiliza diversas pesquisas setoriais e mede apenas os produtos finais para evitar dupla contagem — por exemplo, o valor do trigo e da farinha já está incorporado no valor do pão. O PIB é útil para acompanhar a evolução econômica, mas não traduz, por si só, aspectos como distribuição de renda e qualidade de vida.

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