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segunda-feira, outubro 27, 2025

Ministros vão à China para tratar da integração com o Pacífico

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, encabeça missão oficial à China entre segunda-feira (13) e quinta-feira (17) para tratar de investimentos e da integração logística entre a América do Sul e a Ásia via Pacífico. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, integra a comitiva e participará da visita a um hospital inteligente na província de Zhejiang, cujo modelo o Brasil pretende reproduzir.

A agenda inclui visita ao Porto de Xangai, operado pela Shanghai International Port Group, que tem conexão com mais de 700 portos em mais de 200 países. O terminal asiático também se liga ao Porto de Chancay, no Peru, inserido no projeto brasileiro de integração regional.

O programa Rotas de Integração Sul-Americana, estruturado em cinco rotas, visa otimizar a logística e ampliar o comércio com países vizinhos e com a Ásia. A iniciativa prevê obras e ações em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos para conectar diferentes regiões do Brasil.

Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, a rota pelo Pacífico, articulada com o porto de Chancay, apresenta vantagens logísticas, como menor distância marítima e custos inferiores, além de evitar canais de alto pedágio, como Suez e Panamá. A pasta aponta que a rota bioceânica exige integração entre transporte rodoviário e ferroviário, mas pode reduzir significativamente os custos logísticos.

Em comparação entre rotas marítimas de exportação do Brasil para Xangai, o ministério indica que a via pelo Pacífico tem a menor distância (17.230 km), o menor tempo de navegação (27 dias), o menor custo por tonelada (US$ 80) e a menor emissão estimada de dióxido de carbono (1,45 kg por tonelada de combustível).

Além das visitas técnicas, os ministros terão encontros com empresários e potenciais investidores durante a estada.

Hospital inteligente

A comitiva também conhecerá o Zhejiang Hospital, instituição pública chinesa destacada por tecnologias em inteligência artificial, telessaúde e automação. A visita integra a fase de preparação do projeto brasileiro de construção de um hospital inteligente voltado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O financiamento de US$ 320 milhões para o projeto já foi aprovado pela Comissão de Financiamento Externo (Cofiex) do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do BRICS. Os recursos destinam-se à obra da infraestrutura, aquisição de equipamentos médicos e capacitação de pessoal.

Proposto pelo Ministério da Saúde em parceria com o Ministério do Planejamento e Orçamento, o projeto busca criar um modelo nacional de hospital inteligente escalável e replicável, com a implementação de uma primeira unidade-piloto.

O MPO informou que o plano combinará a capacidade financeira do NDB com cooperação tecnológica internacional, incluindo experiências chinesas bem-sucedidas. Atualmente, o projeto segue em fase de preparação na Cofiex; depois seguirá para aprovação do NDB e, em seguida, passará à etapa de negociação.

A negociação é conduzida pela Secretaria de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento do MPO, que preside a Cofiex, em articulação com a Secretaria do Tesouro Nacional, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e o Ministério da Saúde, que será o órgão executor.

O Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil) será instalado em São Paulo, no complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. A instituição deve reunir avanços médicos e tecnológicos do Brasil, da China e de demais países membros do BRICS e da comunidade internacional.

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