Brasília — A pré-COP30, realizada nesta terça-feira (14) no Centro Internacional de Convenções do Brasil, encerrou dois dias de debates sobre a ligação entre economia e mudanças climáticas.
O economista José Scheinkman, professor da Universidade Columbia, participou do evento. Ele integra o Conselho de Economistas de Alto Nível responsável por um relatório independente encomendado à Presidência da COP30 sobre impactos econômicos das alterações climáticas.
O grupo de economistas apresentou um conjunto de propostas, entre elas a criação de uma coalizão internacional para reduzir emissões de gases de efeito estufa, medidas para promover uma transição energética justa e mecanismos de indenização de países desenvolvidos a nações em desenvolvimento em casos de crises climáticas. O relatório não confirmou a viabilidade imediata de todas as iniciativas.
Enquanto os debates ocorriam internamente, um grupo de indígenas realizou manifestação em frente ao centro de convenções, reivindicando maior participação dos povos tradicionais nas decisões climáticas. Uma representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) veio de Manaus para reforçar o pedido de inclusão desses povos nas instâncias decisórias.
No segundo e último dia da pré-COP, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, abriu a Sessão Ministerial sobre Clima e Desenvolvimento. A ministra apresentou o Plano Clima, o plano nacional de ação cujo eixo declarado é a justiça climática, com prioridade para investimentos que recuperem ecossistemas e aumentem a resiliência de populações vulneráveis, especialmente as mais expostas a desastres. Também foi apontada a necessidade de reforma no sistema global de financiamento climático.