O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (18) de um evento com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares (COPO) em São Bernardo do Campo (SP) e anunciou a promoção de projetos educacionais com países da América Latina para fortalecer a autonomia regional.
Segundo o governo, as iniciativas incluem parcerias com nações africanas, países de língua portuguesa e demais países latino-americanos. Entre as ações mencionadas está a criação da Universidade da América Latina, em Foz do Iguaçu, destinada à formação de professores e estudantes do continente.
As declarações do presidente ocorreram em um momento de tensão envolvendo a Venezuela. Recentes ações anunciadas pelos Estados Unidos, justificadas por Washington como combate ao tráfico de drogas, têm provocado reações internacionais.
Segundo reportagens da imprensa norte-americana, o Exército dos EUA teria realizado seis ataques a embarcações, com dezenas de mortos. Na quarta-feira (15), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou ter autorizado a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela.
Em resposta, o governo venezuelano declarou que os Estados Unidos buscam uma mudança de regime e informou que pretende levar as ações ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
No Brasil, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) aprovou nesta semana uma moção de repúdio às medidas norte-americanas, classificando-as como ameaça à paz na América Latina.
Na sexta-feira, organizações sociais e cidadãos de Trinidad e Tobago realizaram protesto em frente à embaixada dos EUA após a morte de dois pescadores trinitários em incidentes envolvendo embarcações militares americanas. A imprensa internacional informou que o episódio ocorreu no contexto de uma operação antidrogas e suscitou debate sobre o apoio do governo de Trinidad à escalada militar dos EUA no Caribe.