A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, recuou de 4,70% para 4,56% em 2025. Os dados constam do boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central, pesquisa semanal com projeções de instituições financeiras.
Para 2026 a previsão também caiu, de 4,27% para 4,20%. As projeções para 2027 e 2028 são de 3,82% e 3,54%, respectivamente.
A meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) neste ano é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que estabelece limites de 1,5% e 4,5%. A estimativa para 2025 permanece acima do teto desse intervalo.
Após recuo em agosto, o IPCA subiu 0,48% em setembro, influenciado pelo aumento nas tarifas de energia elétrica. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice acumula alta de 5,17% em 12 meses; o resultado mensal de setembro foi o maior desde março, quando o aumento foi de 0,56%.
O Banco Central mantém a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano desde a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 17 de setembro. A ata do Copom registrou a intenção de manter a Selic nesse patamar por período prolongado para assegurar o alcance da meta de inflação.
Analistas do mercado mantiveram a projeção de Selic em 15% ao ano para o fechamento de 2025. Para o fim de 2026 a expectativa é de queda para 12,25%. As previsões para 2027 e 2028 apontam para 10,5% e 10%, respectivamente.
Taxas de juros mais altas tendem a reduzir a demanda e encarecer o crédito, pressionando para baixo a inflação, enquanto cortes na Selic costumam baratear empréstimos e estimular produção e consumo, com impacto sobre a atividade econômica.
No boletim Focus, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano foi revisada de 2,17% para 2,16%. A projeção para 2026 é de expansão de 1,78%. Para 2027 e 2028, as expectativas são de avanço de 1,83% e 2%, respectivamente.
No segundo trimestre do ano, a economia cresceu 0,4%, impulsionada pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB encerrou o ano com alta de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e a maior expansão desde 2021, quando o avanço foi de 4,8%.
A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,41 ao final deste ano. Para o fim de 2026, a estimativa do mercado é de R$ 5,50.




