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quarta-feira, novembro 19, 2025

Capacitação e nova casa de extração impulsionam produção de mel das comunidades indígenas de Brasilândia

Aldeia Anodi, na Terra Indígena Ofaié, recebeu uma Casa de Extração de Mel totalmente equipada para o processamento da produção local. A instalação foi entregue pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) de Brasilândia.

A estrutura inclui equipamentos para beneficiamento do mel, como centrífuga elétrica, decantadores e materiais de consumo. A ação faz parte do projeto “Implantação de casa de extração de mel na Aldeia Anodi – Terra Indígena Ofaié: O povo do mel”, vinculado ao edital Fundect/Semadesc/Seaf 12/2023 — Extensão Tecnológica para Agricultores Familiares, Povos Originários e Comunidades Tradicionais.

A coordenação do trabalho ficou a cargo do escritório da Agraer em Brasilândia, sob a liderança da engenheira agrônoma Francielle Louise Malinowski. O suporte técnico envolveu o setor de ATER em apicultura, representado pela engenheira agrônoma Francimar Perez, e a área de agroindústria, com a economista doméstica Mariana Corrêa.

Durante a entrega foram realizadas capacitações sobre boas práticas de colheita e beneficiamento do mel, higiene em agroindústrias e uso dos novos equipamentos. Os treinamentos abrangeram desde o manejo seguro até as etapas de envase e rotulagem.

O projeto está em execução desde dezembro do ano passado. Após reuniões com os beneficiários para definição do local e ajustes de infraestrutura, o primeiro semestre foi dedicado à aquisição do contêiner adaptado e dos equipamentos. Recentemente, com apoio da Prefeitura de Brasilândia, foram concluídas as instalações elétricas e hidráulicas necessárias ao pleno funcionamento da casa de extração.

A economista doméstica Mariana Corrêa foi responsável pela capacitação em manipulação de alimentos durante as atividades realizadas na aldeia.

Também foi desenvolvido um rótulo próprio para o mel da comunidade, com elementos culturais que representam a identidade do Povo Ofaié. Por se tratar de produto processado em território indígena, o mel será destinado à própria comunidade por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade doação simultânea, o que dispensa a exigência de inspeção oficial para produtos de origem animal.

Os Ofaié mantêm saberes tradicionais sobre espécies de abelhas nativas, muitas delas nomeadas na língua materna do povo. A Agraer acompanha a comunidade desde 2021, com três módulos de capacitação em apicultura e meliponicultura conduzidos pela zootecnista Jovelina Maria de Oliveira. As famílias recebem atendimento contínuo do escritório local e apoio na execução de projetos de comercialização, com objetivo de promover geração de renda e segurança alimentar.

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