João Guimarães Rosa, autor do clássico Grande Sertão: Veredas, permanece entre os maiores nomes da literatura brasileira. Sessenta e mais anos após sua morte — 58 anos, segundo registro recente — sua obra segue presente em salas de aula e vestibulares e conserva relevância entre leitores e estudiosos.
Publicado originalmente em 1956, Grande Sertão: Veredas narra a trajetória do ex-jagunço Riobaldo e revela os conflitos do sertão, incluindo a relação amorosa com o cangaceiro Diadorim. O romance explora a alma humana e aborda temas como sofrimento, violência e alegria, além de inovar pela linguagem que mistura elementos populares e regionais.
A obra já foi traduzida para várias línguas e lançada em diversos países. Entre seus aspectos mais destacados estão a experimentação linguística e o tratamento de opostos — posições colocadas lado a lado sem a imposição de uma divisão moral simplista.
Guimarães Rosa também é reconhecido pela produção de contos. Primeiras Estórias, seu livro mais famoso nesse gênero, reúne narrativas que tratam de experiências inaugurais, do encantamento, da loucura e da dimensão poética da vida.
Além da carreira literária, Guimarães Rosa atuou como médico e diplomata. Em 1963 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras; tomou posse posteriormente e faleceu três dias após assumir a cadeira.




