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quarta-feira, novembro 19, 2025

OMS: 840 milhões de mulheres foram vítimas de violência em todo o mundo

Quase uma em cada três mulheres no mundo — cerca de 840 milhões — já sofreu violência doméstica ou sexual ao longo da vida, aponta relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (19). O número praticamente não mudou desde 2000.

Nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres com 15 anos ou mais (11% desse grupo) foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. O documento indica que a redução dessa forma de violência tem sido lenta, com queda média anual de apenas 0,2% nas duas últimas décadas.

Pela primeira vez, o relatório traz estimativas nacionais e regionais sobre violência sexual cometida por pessoas que não são parceiros íntimos. Segundo os dados, 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais sofreram esse tipo de agressão. O relatório ressalta que esses números tendem a estar subnotificados, em razão do estigma e do medo.

A análise relaciona a violência contra mulheres a riscos graves à saúde, como gestações indesejadas, maior probabilidade de infecções sexualmente transmissíveis e quadros de depressão. O texto também aponta que os serviços de saúde sexual e reprodutiva representam um importante ponto de entrada para o atendimento especializado às sobreviventes.

Os dados mostram que a violência começa cedo e persiste ao longo da vida. Nos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos — equivalente a 16% desse grupo — sofreram violência física e/ou sexual por parte de parceiros.

O impacto é desigual: mulheres em países menos desenvolvidos, em zonas de conflito e em regiões vulneráveis às mudanças climáticas são mais afetadas. Na Oceania, excluídas Austrália e Nova Zelândia, a prevalência de violência por parceiro no último ano chegou a 38%, mais de três vezes a média global de 11%.

O relatório também destaca avanços na coleta de dados em vários países, mas aponta lacunas importantes, especialmente sobre violência sexual cometida por não parceiros e sobre grupos marginalizados, como mulheres indígenas, migrantes e pessoas com deficiência.

Para acelerar a redução da violência e melhorar a resposta às vítimas, o documento recomenda ações governamentais e financiamento direcionado para:
– ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
– fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
– investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos vulneráveis;
– garantir aplicação efetiva de leis e políticas que promovam o empoderamento de mulheres e meninas.

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