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quinta-feira, novembro 20, 2025

Golpes em ressarcimentos do Banco Master preocupam especialistas

Investidores do Banco Master, cuja liquidação foi decretada pelo Banco Central na terça-feira (18), enfrentam além do bloqueio de depósitos e aplicações uma série de golpes direcionados a quem aguarda o ressarcimento pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Anúncios em redes sociais e mensagens por aplicativos prometem “liquidez imediata” ou “antecipação” do pagamento da garantia, aproveitando a ansiedade de correntistas e aplicadores com CDBs emitidos pela instituição. O FGC reforçou que não autoriza intermediários, não cobra taxas e não oferece mecanismos para acelerar pagamentos.

Tipos de fraude
As práticas criminosas identificadas no período se concentram em dois formatos: captura de dados e empréstimos predatórios.

– Captura de dados (phishing): páginas e aplicativos falsos que imitam o FGC; links maliciosos enviados por WhatsApp ou redes sociais; atendentes falsos que solicitam códigos e senhas; e apps fraudulentos que instalam malware. Esses métodos podem permitir o acesso a contas bancárias e o monitoramento de dispositivos.

– Empréstimos predatórios: ofertas de “adiantamento” que, na prática, são operações de crédito com juros muito altos. Nessas propostas, o investidor contrai dívida que pode consumir grande parte do valor a receber do FGC.

Contexto do Banco Master
O Banco Master, conhecido por oferecer CDBs com rendimento de até 140% do CDI, foi alvo de liquidação após meses de dificuldades. A instituição, fundada por Daniel Vorcaro, mantinha carteira de crédito considerada de alto risco. A medida resultou também na prisão de executivos em operação da Polícia Federal que investiga a venda do banco ao Banco de Brasília (BRB).

Processo de ressarcimento pelo FGC
Investidores com aplicações de até R$ 250 mil por pessoa dependem do FGC para reaver os recursos. O procedimento oficial envolve etapas formais e não é imediato:

– Cadastro inicial no aplicativo do FGC, único canal oficial de atendimento.
– Espera pela lista de credores enviada pelo Banco Central, prazo médio de 30 dias.
– Habilitação do pedido de ressarcimento no aplicativo quando o FGC liberar essa etapa.
– Finalização com biometria, envio de documentos e assinatura digital.
– Pagamento em até dois dias úteis após conclusão do pedido.

O FGC alerta que não reconhece qualquer outro meio para solicitar, acelerar ou intermediar o pagamento.

Como se proteger
Recomendações para reduzir o risco de fraude:

– Usar apenas o aplicativo e o site oficiais do FGC e as informações divulgadas pelo Banco Central.
– Não fornecer dados pessoais, senhas ou códigos a terceiros.
– Desconfiar de promessas de facilitação ou antecipação do pagamento.
– Verificar URLs e evitar baixar aplicativos por links recebidos em mensagens.
– Ativar autenticação de dois fatores e manter antivírus atualizados.
– Confirmar informações antes de tomar qualquer ação, especialmente diante de mensagens que criem senso de urgência.

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