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sexta-feira, dezembro 5, 2025

Polícia Civil deflagra Operação Castelo de Cartas na Capital contra quadrilha que causou prejuízo milionário

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), deflagrou na manhã de quinta-feira (4 de dezembro de 2025) a Operação Castelo de Cartas contra uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras.

As investigações apontaram atuação estável e estruturada do grupo, que aplicava golpes conhecidos como “Carta de Crédito Contemplada” e promovia negociações ilícitas de veículos.

Laudos do LAB-LD/DRACCO, laboratório de tecnologia contra a lavagem de dinheiro da PCMS, indicaram prejuízos superiores a R$ 1,5 milhão às vítimas.

Foi verificada ligação entre o núcleo operacional em Mato Grosso do Sul e investigados oriundos de Rondônia. Esses suspeitos já haviam sido alvo da Operação Carga Prensada, deflagrada pela Polícia Federal em 2021, que apurou crimes como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.

A apuração também identificou diversas transferências realizadas por meio de contas de terceiros, incluindo familiares e empregados, usadas para ocultar a origem dos valores.

A operação tem por objetivo localizar, apreender e bloquear bens e recursos que possam servir ao ressarcimento das vítimas. A Polícia Civil solicitou a apreensão de bens de valor, veículos, o bloqueio de imóveis e o constrangimento de valores superiores a R$ 7,5 milhões — montante cinco vezes maior que o inicialmente apurado nas investigações. Após manifestação do Ministério Público, o Judiciário decretou o bloqueio de R$ 7.524.805,40 dos investigados.

A ação integra a 3ª Operação Renorcrim e a Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas, promovida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI/SENASP).

Buscas e apreensões em outros estados contaram com apoio operacional de unidades especializadas: DRACO2/PCRO, DRP-Rondonópolis/PCMT, DERF-Rondonópolis/PCMT, DRACO/PCDF, DIG/DEIC-Presidente Prudente/PCSP e DRACO/DEIC-Balneário Camboriú/PCSC.

O nome da operação remete à frustração das vítimas: a promessa da casa própria funcionava como um castelo de cartas, sem sustentação financeira.

As diligências seguem em andamento sob coordenação do DRACCO.

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