Um estudo do MapBiomas divulgado nesta sexta-feira (5) estima que os solos do Brasil armazenam cerca de 37,5 bilhões de toneladas de carbono orgânico, proveniente da decomposição de plantas e animais. Mais da metade desse estoque está concentrada na Amazônia.
Para dimensionar o volume, o relatório registra que uma caixa d’água de 1.000 litros cheia equivale a uma tonelada — referência usada para tornar o número mais compreensível. Em comparação, as emissões totais do Brasil no ano passado somaram pouco mais de 2 bilhões de toneladas.
O levantamento ressalta a importância da preservação de áreas com cobertura vegetal. Quando há alteração do uso do solo, o estudo aponta a necessidade de práticas agrícolas conservacionistas e de baixo carbono para reduzir a liberação do carbono armazenado no solo para a atmosfera.
Na análise por hectare, a Mata Atlântica apresenta os maiores estoques de carbono no solo, sobretudo nas áreas de clima mais frio, como campos de altitude e florestas de araucária. Restingas e mangues, por serem mais úmidos, também exibem elevado acúmulo de carbono.
A seguir no ranking estão a Amazônia e o Pampa. Já a Caatinga e o Pantanal registram os menores estoques de carbono do país.




