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terça-feira, novembro 18, 2025

FGV estima crescimento de 0,1% da economia brasileira no 3º trimestre

A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, segundo o Monitor do PIB, estudo mensal do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV divulgado nesta terça (18). No acumulado de 12 meses, o avanço foi de 2,5%.

Na comparação mensal, entre agosto e setembro, o PIB manteve-se estável, sem variação. Em valores correntes, a FGV estima o produto acumulado até o terceiro trimestre em R$ 9,37 trilhões.

O relatório aponta que serviços e consumo das famílias — os principais componentes do PIB — ficaram estagnados, enquanto os demais setores deram contribuições limitadas para um resultado mais robusto.

No confronto anual, o consumo das famílias desacelerou fortemente em 2025. Depois de crescer em média acima de 3% ao ano desde 2021, o consumo registrou expansão de apenas 0,2% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho positivo dos serviços perdeu intensidade, e o consumo de bens apresentou queda tanto nos duráveis quanto nos não duráveis.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede investimentos em capacidade produtiva, recuou 0,4% entre os terceiros trimestres de 2024 e 2025, impactada pelo fraco desempenho de máquinas e equipamentos. Trata-se da primeira queda desde o trimestre móvel encerrado em janeiro de 2023.

O relatório relaciona parte desse arrefecimento ao atual patamar elevado de juros. O Comitê de Política Monetária do Banco Central mantém a taxa Selic em 15% ao ano, nível mais alto desde julho de 2006, após elevações iniciadas em setembro do ano passado. A política de juros elevados busca conter a inflação, que permanece acima do teto da meta (4,5% ao ano) há 13 meses, e seus efeitos defasados têm pressionado a atividade econômica.

No comércio exterior, as exportações cresceram 7% na comparação anual do terceiro trimestre, o maior ganho desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2024. Houve expansão em todos os grupos de produtos, com a indústria extrativa respondendo por cerca de 44% do aumento total. O crescimento ocorreu apesar da imposição de tarifas americanas de até 50% sobre parte das exportações brasileiras, que, segundo o estudo, não teve efeito generalizado sobre o resultado agregado, embora alguns segmentos específicos, como o madeireiro, possam ter sido mais afetados.

Outro termômetro da atividade, o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC‑Br), divulgado na segunda (17), apontou recuo de 0,2% entre agosto e setembro e queda de 0,9% no terceiro trimestre ante o segundo. No acumulado em 12 meses, o IBC‑Br registra expansão de 3%.

O resultado oficial do PIB é divulgado trimestralmente pelo IBGE. A próxima publicação referente ao terceiro trimestre de 2025 está prevista para 4 de dezembro.

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