A Bolsa brasileira fechou em alta e atingiu novo recorde, aproximando-se dos 150 mil pontos, em um dia de alívio nos mercados doméstico e internacional. O Ibovespa encerrou a sexta-feira (31) aos 149.540 pontos, com alta de 0,51%.
O índice registrou ganhos de 2,26% em outubro e acumula avanço de 24,32% no ano. Segundo a B3, a alta foi impulsionada principalmente pela entrada de capital estrangeiro.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou vendido a R$ 5,38, com queda de 0,01% no dia. A moeda apresentou volatilidade intradiária, chegando a R$ 5,40 por volta das 12h30 e recuando para R$ 5,37 próxima à tarde antes do fechamento.
Ao longo de outubro, o dólar subiu 1,08%. No acumulado de 2025, a divisa registra queda de 12,94%, desempenho que a coloca como a melhor entre as moedas latino-americanas no ano.
Analistas apontam que a redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após um acordo sobre terras raras, contribuiu para o aumento do fluxo de investimentos em mercados emergentes, incluindo o Brasil. Internamente, o dólar sofreu pressões típicas do último dia útil do mês, relacionado ao fechamento da taxa Ptax — usada para corrigir dívidas do governo atreladas ao câmbio —, mas a entrada de recursos externos aliviou parte dessas pressões no período da tarde.
Dados do mercado de trabalho também deram suporte à Bolsa. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE nesta sexta, mostrou que a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo o menor nível histórico.
Ao mesmo tempo, a taxa de ocupação — a proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — recuou de 58,8% no trimestre anterior para 58,7% no trimestre encerrado em setembro.
Esse conjunto de informações reduz a probabilidade de o Banco Central adiar o início dos cortes na Selic, o que tende a favorecer ativos mais arriscados, como ações.
Com informações da Reuters.




