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domingo, novembro 2, 2025

Haddad defende cortar fontes de financiamento do crime organizado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista em São Paulo para comentar os resultados finais da Operação Fronteira e indicou a necessidade de medidas direcionadas às fontes de financiamento do crime organizado, além da repressão territorial.

Na ocasião, Haddad pediu ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que articule junto à bancada do PL a aprovação da chamada lei do devedor contumaz. A proposta endurece regras contra contribuintes que repetidamente deixam de pagar tributos e usam a inadimplência como estratégia de negócio.

O ministério também destacou iniciativas administrativas. A Receita Federal publicou nesta sexta-feira uma instrução normativa que obriga fundos a informar os CPFs dos beneficiários. A medida tem potencial para facilitar a identificação de pessoas por trás de estruturas financeiras opacas e de esquemas que misturam recursos ilícitos com atividades aparentemente lícitas.

Sobre a Operação Fronteira, a Receita Federal informou que a ação começou em 22 de outubro e atuou em 60 municípios de 20 estados. Segundo o órgão, foram presas 27 pessoas, apreendidos 213 mil litros de bebida adulterada e mais de 3 toneladas de drogas. A operação também retirou de circulação mais de R$ 160 milhões em mercadorias ilegais.

As forças envolvidas apreenderam mais de mil armas e localizaram um plano de furto dessas armas, que passaram a ficar sob guarda das Forças Armadas. Entre as ações de fiscalização, houve a interdição de um prédio de 20 andares com mercadorias ilícitas em Belo Horizonte e a apreensão de uma aeronave que transportava mais de 500 smartphones de alto valor.

A operação contou com articulação entre a Receita Federal, governos estaduais – com apoio dos executivos do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – e um conjunto amplo de órgãos federais e estaduais. Participaram o Exército, a Marinha, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, polícias rodoviárias estaduais, polícias militar e civil, guardas municipais e entidades de controle como Ibama, Mapa, Anac, Anatel e Anvisa.

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