Nesta quinta-feira (4 de dezembro) é celebrado o Dia do Orientador Educacional, profissional responsável por aconselhar estudantes sobre metas e trajetórias, organizar rotinas escolares, apoiar a gestão do ambiente escolar, mediar conflitos e promover o acolhimento dos alunos.
A atividade é majoritariamente feminina: 78% dos cerca de 81 mil orientadores registrados pertencem ao sexo feminino, segundo o dado mais recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A demanda pela função tem crescido com a expansão do ensino em tempo integral e com políticas e práticas escolares que valorizam a saúde mental e o desenvolvimento de competências socioemocionais.
No cotidiano escolar, o orientador educacional atua em articulação com coordenadores pedagógicos e outros especialistas, presta atendimento direto a estudantes e familiares e participa de projetos voltados ao planejamento de vida e ao desenvolvimento pessoal.
O trabalho também envolve a identificação e o enfrentamento de dificuldades de aprendizagem. Muitos profissionais buscam formações em áreas como psicopedagogia e psicologia da educação para aprimorar intervenções e ampliar recursos técnicos.
Outra frente de atuação é a articulação de redes de apoio: orientadores costumam intermediar encaminhamentos e parcerias com psicólogos, psiquiatras, psicopedagogos e fonoaudiólogos, visando acompanhamento mais integrado dos alunos.
Pesquisas e políticas públicas orientadas ao combate ao bullying e à promoção do bem-estar escolar reforçam a importância do acolhimento e da escuta qualificada nas escolas.
Entre os desafios apontados pela categoria estão a atenção à saúde emocional dos estudantes e a identificação de problemas que permanecem ocultos durante os períodos de aula, quando o tempo disponível para observação direta é reduzido.
Criada no Brasil na década de 1960, a função vem sendo atualizada e cada vez mais integrada a outras ciências e práticas educativas, ocupando papel central na promoção do desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.
